Plasticamente composto por formas geométricas circulares abertas, o plano da entrada principal torna-se marcante pelo contraste que cria com uma fachada ritmicamente ordenada por vãos rectangulares, verticalmente regulares, que definem cheios/vazios e diluem toda a intenção de mostrar o que se passa no interior.
Toda a fachada do piso térreo revela-se como um código de barras, preconizado pelos vãos. Lateralmente o acabamento é betão à vista, homogeneizando todo o volume térreo pelo seu carácter maciço, de suporte.
Os blocos habitacionais terão duas fachadas distintas, a fachada este e oeste, em pedra lioz branca, como uma pele e a fachada norte e sul, com portadas de ensombramento em madeira, onde se vê a estrutura em betão à vista, como que um esqueleto que vai buscar a sua base ao piso 0, basilar.
No conjunto edificado haverá um vazio entre os dois primeiros volumes a serem construídos, preconizado pela falta rítmica de outro volume que naturalmente lá se devia construir, pela leitura lógica de uma cadência de um ritmo constante e regular.
Assim, esta pausa significa uma nova abertura para uma nova harmonia, que neste caso se concretiza na abertura ao novo edifício que se irá construir a sul, e um emolduramento da paisagem, incluindo o já existente Lar de S. José, e ao fundo, a encosta da Serra da Vila.
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